Genocídio cultural na Europa
Ontem, em Berlim, um grupo de países europeus (Alemanha, França, Grã-Bretanha, Itália, Espanha e Polónia) informou que pretende implementar um "contrato de integração" destinado a todos os imigrantes que desejam entrar na Europa. Segundo eles, o objectivo é promover a aproximação entre os estrangeiros e os países para onde pretendem ir trabalhar. Neste “contracto de integração”, os candidatos devem demonstrar o conhecimento dos valores culturais Europeus e assinar uma declaração onde se comprometem a respeitar e a “integrarem-se” na sociedade, segundo esses mesmos valores (informação “captada” numa notícia “supersónica” no telejornal de ontem à noite na RTP, penso eu). É impressionante que esses mesmos países autoproclamam-se orgulhosamente como “multi-culturais” e disfarçadamente tentam impedir o enriquecimento cultural europeu através da asfixia da cultura nativa dos imigrantes. Estes países demonstram, com esta atitude, uma profunda veia patriótica e xenófoba com a qual pretendem a todo o custo resolver os seus problemas internos com as minorias, utilizando para o efeito os valores Europeus e a Europa. Numa Europa que se diz multicultural, devemos olhar as outras culturas como uma mais-valia e não como uma ameaça aos nossos valores! Já tivemos na história europeia tentativas de “limpeza” cultural e afirmação da “raça” as quais, pensava eu, já estavam resolvidas. Na mesma Europa que critica a cultura e valores orientais e que se proclama “livre”, que critica as reacções (excessivas ou não) por parte de uma cultura que se sentiu insultada pelas tão faladas caricaturas, nesta mesma Europa “livre” tenta-se uniformizar os comportamentos e costumes, quer seja através da proibição do uso do véu (islâmico) nas escolas publicas francesas, quer seja através de um “contracto de integração” que visa apenas a escolha dos imigrantes de forma a “preservar" a cultura europeia e os seus valores, assumindo arrogantemente que os valores europeus são melhores que os valores das restantes culturas. Triste também é a falta de atenção por parte dos média nacionais a tal “contracto” que pode ser a ponta do iceberg de um contracto demasiado obscuro para ser falado e discutido abertamente em todos os países europeus. Uma busca no news.google.pt apenas encontrei uma notícia sobre o assunto, de um jornal brasileiro!!!!
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